Por isso, o melhor a fazer em caso de picada de escorpião é a pessoa atacada passar algumas horas em observação em um hospital, a fim de que se possa observar sua evolução e se haverá necessidade de administrar o soro específico para esse caso. A orientação é de Carlos Roberto de Medeiros, diretor médico do Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan. Ele lembra que a preocupação maior deve ser com as crianças, particularmente vulneráveis aos efeitos dos ataques dos escorpiões (60% das vítimas fatais situam-se abaixo dos 14 anos).
"Em relação aos acidentes com serpentes, 90% deles são causados por jararacas, uma espécie particularmente agressiva, cujo veneno provoca um processo inflamatório local e interfere na coagulação do sangue, levando a sangramentos", diz Medeiros. O especialista esclarece que não se deve amarrar o local da picada, nem cortar ou furar na tentativa de extrair o veneno, pois são ações que, além de não ajudar em nada, podem levar a complicações.
Quanto mais tempo o paciente passar sem atendimento, mais graves serão as consequências dos efeitos do veneno no organismo, daí a importância de um auxílio médico rápido e eficiente.
(com Jornal da USP).