Já o biossensor criado no Instituto de Física de São Carlos da USP, pela pesquisadora Laís Ribovski, funciona à base de DNA. Ela buscou desenvolver um sensor para detectar a predisposição de pacientes ao surgimento dos cânceres de mama e ovário.
O dispositivo, já testado com amostras sintéticas de DNA, pretende identificar a presença de mutação específica dos cânceres de mama e ovário.
Como esclarece Laís Ribovski, esse é um biossensor de detecção de predisposição e não um diagnóstico da doença. O que significa apenas que a pessoa tem a mutação em seu gene e pode, em algum momento da vida, desenvolver o câncer. O diagnóstico deve ser feito por um médico.
Angelina Jolie
Um caso famoso de detecção de predisposição ao câncer é o da atriz Angelina Jolie. Em 2013, a norte-americana se submeteu a uma mastectomia para a retirada das duas mamas, pois foi descoberto um risco de 87% de se desenvolver um câncer na região. Em 2015, ela decidiu retirar os ovários, pois as chances de neoplasia nesse órgão eram de 50%.
Todos os testes feitos com o biossensor, até agora, foram com amostras sintéticas de DNA pois, para a utilização de amostras reais, é necessário a aprovação do conselho de ética. Além disso, para realizar o teste em amostras reais é preciso que as pessoas envolvidas já tenham feito o sequenciamento genético que identifica a mutação em questão. Somente após a realização de testes, mediante aprovação do conselho de ética, é que o dispositivo poderá passar pelos testes de qualidade de entidades como Anvisa e Inmetro.
(com Jornal da USP).