Segundo o infectologista Carlos Alessandro Pla Bento, praticamente está descartada a possibilidade da doença se espalhar pelos centros urbanos. "Dificilmente o vírus vai chegar à área urbana. Os casos se concentram nas zonas rurais, onde a população tem maior dificuldade para se vacinar, além da presença mais significativa dos vetores", explica o médico, que é membro da Sociedade Mineira de Infectologia.
Mas, para aqueles que ainda assim ficam temerosos, a vacinação é a forma mais segura de prevenção da febre amarela, segundo o infectologista, com eficácia que chega a 90%. Crianças a partir dos 9 meses já podem ser imunizadas. Conforme Carlos Alessandro, quem já recebeu duas doses da vacina não precisa se vacinar novamente.
A doença
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos infectados – o Haemagogus, na versão silvestre, e o Aedes aegypti, na urbana. Os macacos são os principais hospedeiros do vírus.
Casos em Minas
A secretaria de estado de Saúde de Minas Gerais atualizou, na noite de quarta-feira, dia 11 de janeiro, o boletim com dados sobre o surto de febre amarela. Segundo o documento, já chega a 48 o número de casos notificados com suspeita da doença, sendo que 16 são tratados como prováveis – ainda dependem de investigação epidemiológica. Entre os pacientes com suspeita da infecção, 14 já morreram.
Apesar do aumento no número de casos, o ministro da Saúde Ricardo Barros afirmou em entrevista na manhã de quarta (11) que não está configurado um quadro de surto de febre amarela em Minas. De acordo com ele, a situação pode ser controlada com a vacinação da população que vive em áreas de risco.
A cidade de Ladainha, no Vale do Mucuri, nordeste do estado, lidera o número de casos notificados, com 10 pessoas doentes. Na sequência aparecem os municípios do Vale do Rio Doce: Imbé de Minas (8), Piedade de Caratinga (6) e Caratinga (6)..