Revista Encontro

Internacional

Estados Unidos podem passar a exigir dados de redes sociais e até agenda de contatos de turistas estrangeiros

Segundo a emissora CNN, governo de Donald Trump quer combater qualquer tipo de 'ameaça terrorista'

João Paulo Martins
Depois de assinar um polêmico decreto na sexta, dia 27 de janeiro, impedindo, pelos próximos 90 dias, a chegada de turistas de sete países cuja população é de maioria muçulmana, e suspendendo, por 120 dias, a admissão de refugiados, o controverso presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer, agora, impor uma rígida norma aos visitantes estrangeiros.
De acordo com informações obtidas pela rede de TV americana CNN, o governo do magnata republicano quer obrigar os turistas a revelarem dados de suas redes sociais, bem como fornecer toda a lista de contatos existentes no telefone celular.

A fonte ouvida pela CNN diz que essa possibilidade de apertar o cerco contra qualquer tipo de "ameaça terrorista" proveniente do exterior ainda está em fase de discussão. Mas, a ideia é que, se o visitante não disponibilizar as informações demandadas pelos oficias da imigração, ele será proibido de entrar nos Estados Unidos. O diretor de políticas da Casa Branca, Stephen Miller, teria afirmado ainda, em reunião no Departamento de Estado, que o governo deveria melhorar a capacidade de fazer com que os visitantes "abracem os valores adotados pelos americanos".

O acesso às informações das redes sociais dos turistas estrangeiros não é uma novidade. Durante o governo de Barack Obama, a imigração americana já solicitava a alguns visitantes que disponibilizassem, de forma voluntária, o acesso a esses dados. Porém, não havia uma retaliação oficial caso a pessoa se recusasse a entregar os dados pessoais.

No sábado, dia 28 de janeiro, Donald Trump emitiu um comunicado à imprensa, "esclarecendo" o decreto que havia acabado de assinar, e que inibe a visita de muitos muçulmanos e a recepção de refugiados. "Nós continuaremos a demonstrar compaixão por aqueles que sofrem com a opressão, mas faremos isso enquanto protegemos nossos cidadãos e eleitores. Isso não é um banimento dos muçulmanos, como a mídia está divulgando de forma mentirosa.
Não é sobre religião. É sobre terrorismo e a manutenção da segurança em nosso país. Nossa prioridade será sempre a de proteger e servir o país, mas, como presidente, encontrarei uma forma de ajudar aqueles que estão sofrendo", esclarece o polêmico 45º presidente dos Estados Unidos, no texto enviado aos meios de comunicação..