Revista Encontro

Internet

Existe, no Líbano, uma árvore que lembra o corpo de Jesus Cristo crucificado?

Imagem da suposta árvore milagrosa circulou no Facebook em dezembro de 2016

João Paulo Martins
Quando se trata de imagens polêmicas ou curiosas, as redes sociais são verdadeiros celeiros delas.
No final do ano passado, circulou no Facebook a fotografia de uma árvore que tinha a forma do corpo de Jesus Cristo crucificado. Segundo as informações que acompanhavam a imagem, esse suposto milagre teria ocorrido numa cidade do Líbano.

Sem explicação, o cedro supostamente cresceu e adquiriu o formato de Cristo crucificado, que pode ser contemplado no alto, junto aos seus galhos. Mas, ao contrário do que ocorre com o efeito chamado de pareidolia, quando o cérebro busca entendimento em imagens aleatórias, o vegetal realmente possui a estrutura similar à do corpo do Filho de Deus. Essa publicação curiosa foi feita no Facebook, originalmente, numa conta da Tailândia intitulada Sima Win, e logo se espalhou e viralizou entre os usuários da rede social criada por Mark Zuckerberg.

O problema é que muitos internautas questionaram a possibilidade de, naturalmente, surgir um cedro no Líbano com o tronco formando o corpo de Jesus. De acordo com o site brasileiro e-Farsas, que é dedicado a solucionar os boatos e mentiras que existem na internet, a fotografia do suposto "milagre" da natureza já circula nas redes sociais desde 2007. Porém, ao contrário do que muitos pensam, a árvore é real e pode ser encontrada no Líbano – já virou até ponto turístico na região.

A grande questão apresentada pelo e-Farsas é que, ao invés de ser um "milagre de Deus", o cedro ganhou o formato de Jesus crucificado graças ao trabalho do artista plástico libanês Rudy Rahme. Além de criar esculturas, ele também é pintor e escritor.
Existem diversas obras de Rahme espalhadas pelo Líbano, incluindo outras intervenções nos famosos cedros, árvore símbolo do país árabe – consta até na bandeira nacional.

Aqui está uma outra escultura feita pelo artista libanês:
- Foto: Facebook/rudirahme/Reprodução.