Essa atitude discriminatória do prefeito foi duramente criticada pelo deputado federal Jean Wyllys (Psol/RJ). "Estamos voltando para a época da inquisição? Toda e qualquer página de um livro que tenha o poder de dar liberdade e de formar cidadãos críticos e com pensamento serão arrancados? Quanto tempo até que recomecem a acender as fogueiras?", reclama o parlamentar em sua conta oficial no Facebook. "Essa decisão é o triunfo da estupidez e da ignorância. Uma decisão cuja simbologia remete ao pior: se a maioria optasse pelo extermínio real de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais das escolas, em vez de seu extermínio simbólico das páginas dos livros, será que o prefeito populista e ignorante mandaria matá-los? Essa atitude veio com a desculpa de se combater a 'ideologia' de gênero, uma expressão cunhada pela direita da Igreja católica para dizer que defendemos a ideia de que as pessoas podem mudar de gênero como mudam de roupa", completa Jean Wyllys.
Segundo o prefeito de Ariquemes, a medida foi a alternativa encontrada para garantir a distribuição do material. Pelo mesmo motivo, ano passado, o prefeito a época, Lorival Amorim, mandou retirar os livros das escolas e os estudantes ficaram sem material didático.
O Ministério Público de Rondônia afirma que atitudes como estas disseminam o ódio contra os homossexuais e ferem o fundamento constitucional da promoção da igualdade e da sociedade livre de qualquer preconceito. Quem também se posicionou foi o Ministério da Educação.
(com Radioagência Nacional).