A ferida complexa pode ser aguda ou crônica. Uma ferida é classificada como aguda quando é causada por um trauma como queimadura, fratura extensa de osso ou complicações cirúrgicas. Já a crônica tem uma duração superior a quatro meses e, geralmente, está associada a uma doença. "O pé diabético , a úlcera vasculogênica e a úlcera por pressão são feridas crônicas", exemplifica a enfermeira Viviane Fernandes de Carvalho, especialziada em estomaterapia – ramo da Enfermagem que trabalha com feridas, estomias (orifícios criados para retirada de fezes e urina do corpo) e incontinências.
Caso não sejam tratadas adequadamente, as feridas complexas podem evoluir, levando à amputação do membro acometido pela lesão, à infecção generalizada e, em casos mais extremos, até mesmo à morte. Para prevenir a evolução do ferimento, é preciso ficar atento ao processo de cicatrização. "Se houver piora do odor e/ou aspecto da lesão, como uma 'capa' negra ou amarela intensa, aumento do volume de secreção, borda da ferida quente e avermelhada, e febre, é preciso procurar tratamento em um serviço de saúde. Apenas um profissional poderá fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais assertivo", orienta a especialista.
O tratamento para feridas complexas varia de acordo com a lesão e a região do corpo em que estão localizadas.