"Eu morei com ele por quatro anos, enquanto esperava a obtenção do documento oficial de casamento. Ele costumava me bater, e também em nossa outra filha, de três anos", diz Nariman Kallas, mãe do bebê torturado, em entrevista à agência russa de notícias Sputnik.
Quando Kallas pediu o divórcio, o consentimento foi obtido apenas na condição de que Harak mantivesse a custódia da filha mais nova. "Ele me pediu para voltar para ele", afirma Kallas. Ela explica que se recusou a morar com o ex-marido. "Então, ele começou a me enviar fotos e vídeos de torturas da minha filha. Ele disse: 'ou você volta, ou vou matá-la'", completa a mãe da menina torturada.
Depois de ficar assustada e revoltada com a atitude do ex-marido, Nariman Kallas devidiu publicar os vídeos nas redes sociais.
O vídeo causou tanta polêmica quando foi publicado no YouTube, e se espalhou de forma tão rápida, que os assistentes sociais sauditas conseguiram agir rapidamente para resgatar o bebê. Uma campanha nas redes sociais também foi fundamental para o resgate da menina. Usuários usaram uma hashtag em árabe, que dizia "mãe quer abraçar seu bebê". Logo surgiram milhares de comentários de indignação, o que ajudou na recuperação do bebê.
As imagens do homem torturando a própria filha são revoltantes e perturbadoras. Por isso, optamos por não publicar o vídeo.
(com Agência Sputnik).