O pesquisador Dacheng Lin, da Universidade New Hampshire, em Durham (EUA), conta sobre esse achado curioso: "Testemunhamos a agonia 'excitante' e duradoura da estrela. Nos anos anteriores, estávamos buscando sinais e examinando dezenas de rupturas estelares, mas nenhum dos fenômenos era tão luminoso e demorado como esse", descreve o astrônomo.
Quando estrelas e outros objetos se aproximam do buraco negro recém descoberto, ele os engole, mas, por partes, lentamente, o que aumenta o brilho do corpo celeste ingeido. Esse fenômeno pode ser observado durante meses graças ao atraso gravitacional do tempo nos arredores do buraco negro.
Segundo Lin, a sua equipe descobriu por acaso um dos buracos negros mais extraordinários ao observar o conjunto de galáxias NGC 5813, na constelação de Virgem, localizada a bilhões de anos-luz da Terra. Com ajuda de telescópios, os pesquisadores encontraram uma outra galáxia, mais próxima do nosso planeta, chamada SDSS J1500%2b0154, que, atualmente, está na etapa conhecida como formação estelar. Um buraco negro relativamente pequeno se encontra no seu centro, e massa dele excede a da Terra "apenas" em um milhão de vezes.
A luminosidade especial desse buraco negro é o que mais está chamando a atenção dos astrônomos. Eles descobriram que o corpo celeste esteve ativo nos anos de 2011, 2008 e 2006 e que tem "almoçado" há mais de 11 anos os restos de estrelas "agonizantes".
(com Agência Sputnik).