Revista Encontro

Curiosidade

Existem 'extraterrestres' entre nós, mas não são como nos filmes

Cientistas descobriram que os polvos possuem DNA 'alienígena'

João Paulo Martins
Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, concluiu que os polvos possuem uma natureza "alienígena".

Segundo o trabalho feito pelos cientistas americanos, que foi publicado na revista científica Nature, ao analisar o sequenciamento genético dessa espécie de cefalópode, classe em que se encontram os moluscos marinhos, descobriu-se que o DNA do polvo é muito diferente dos demais animais que habitam o nosso planeta.
O estudo mostra que o genoma deles é composto por mais de 33 mil genes codificadores de proteínas, enquanto o dos humanos possui cerca de 19 mil.

"O genoma do polvo torna o estudo da origem dos cefalópodes muito mais compreensível. Agora, serve também de ponto chave na árvore da vida, no que diz respeito à análise da evolução das espécies. Neste sentido, então, nosso estudo é o primeiro a descrever um genoma de origem 'alienígena'", afirma Clifton Ragsdale, um dos líderes da pesquisa da Universidade de Chicago.

Outro ponto curioso a respeito dos polvos está relacionado ao sistema nervoso deles, que é o maior entre todos os invertebrados. O cérebro dessa espécie de cefalópode, que surgiu há 250 milhões de anos, muito antes dos humanos, é muito bem desenvolvido, permitindo ao animal memorizar e aprender. Ragsdale lembra que o zoólogo britânico Martin Wells chegou a dizer, em um de seus artigos científicos, que o polvo é uma "raça alienígena".

Os biólogos especializados em vida marinha apontam que o genoma do polvo pode ter sido transformado por uma força externa – ou seja, extraterrestre. A ação "alienígena" fez com que os genes dessa espécie fossem capazes de se reorganizar. Mas, a forma como isso se dá ainda é desconhecida.

(com Agência Sputnik).