Revista Encontro

Brasil

Sabia que Eike Batista já foi dono de montadora de veículos?

O ex-bilionário mineiro produziu os jipes JPX na década de 1990

João Paulo Martins
Antes de ficar famoso com seu grupo EBX, o empresário mineiro Eike Furhken Batista, de 60 anos, eleito o sétimo homem mais rico do mundo pela revista Forbes, em 2012, começou a angariar seus bilhões com uma montadora no interior de Minas.

Em 1992, aos 36 anos, o ex-morador de Governador Valadares decidiu investir no setor automobilístico.
Eike Batista, que já explorava minas de ouro e diamante na Amazônia, adquiriu os direitos de produção dos veículos militares da montadora francesa Auverland no Brasil. A partir daí surgia o jipe brasileiro JPX – esta foi a primeira vez que o mineiro usou o famoso "X" como parte do nome de uma de suas empresas.

A partir de 1993, o JPX Montez passou a ser produzido na fábrica instalada às margens da rodovia Fernão Dias, na cidade de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Idealizado para ser um offroad, o modelo foi pensado para ser usado na mineração e também como apoio às atividades das forças armadas. Ele aproveitou o "vácuo" deixado no mercado pela Jeep Willys, que não produzia no país desde 1982. O jipe de Eike Batista era equipado com motor a diesel Peugeot XUD-9A e eixos da marca italiana Carraro HS.

A intenção do empresário, que, agora, está preso no complexo penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, acusado de corrupção ativa, era produzir até 250 jipes JPX Montez por mês. Porém, não passou de 120 unidades montadas mensalmente em Pouso Alegre. Acredita-se que, até a extinção da montadora, em 2003, tenham sido produzidos 3 mil veículos na fábrica do ex-marido de Luma de Oliveira – com quem teve os filhos Thor e Olin..