Como o exército nazista estava sofrendo baixas no front oriental na Europa, uma das atitudes tomadas pelo ditador Adolf Hitler durante a retirada das tropas era a destruição dos campos de trabalhos forçados e de extermínio – para ocultar as provas dessa barbárie. Oskar Schindler conseguiu convencer Amon Göth, diretor do campo de Plaszow, de que precisava contratar os judeus para ajduarem em sua fábrica na Checoslováquia.
Agora, um conjunto de 14 páginas, correspondendo à penúltima lista elaborada por Schindler, em 18 de abril de 1945, e que traz os nomes de 801 judeus que seriam mortos em Plaszow, será leiloado pela Moments in Time, empresa leiloeira especializada em documentos raros. "É uma lista completa da força de trabalho que Schindler salvou da morte. Consegui a lista do sobrinho do braço-direito de Schindler, Itzhak Stern", conta Gary Zimet, diretor da Moments in Time, em entrevista ao jornal inglês The Guardian. A expectativa é que a lista seja vendida por 2,2 milhões de euros (cerca de R$ 7,2 milhões).
Para quem não sabe, além dessas páginas preciosas que registraram a atitude heróica do empresário alemão, só existem outras três que sobreviveram à ação do tempo. Duas estão guardadas no Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Israel, e a outra, é preservada no Museu do Holocausto em Washington, capital dos Estados Unidos.
Oskar Schindler morreu em outubro de 1974. Ele foi agraciado com o título de Justos Entre as Nações, pelo governo de Israel.