Durante esse período, o bebê pode ser limpo, coberto e descansar no contato pele a pele com o abdômen ou o peito da mãe, orienta o documento americano. Em um nascimento cesariano, o cirurgião ou um assistente podem segurar o bebê durante este tempo. A recomendação anterior do colegiado, publicada em 2012, aconselhava um atraso para bebês prematuros, mas não tinha evidências suficientes para recomendar o mesmo processo aqueles que nasciam na gestação completa. "À medida que mais e mais evidências se acumulam nesse sentido, já é possível dizer que isso parece ser a coisa certa para todos os bebês, a termo e prematuros", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.
Outras instituições médicas já recomendam o corte tardio do cordão umbilical. A Academia Americana de Pediatria, assim como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, também sugere que o profissional espere de 30 a 60 segundos antes de cortar o cordão umbilical. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha pelo menos um minuto e o Colégio Americano de Enfermeiras-Parteiras de dois a cinco minutos.
Antes de meados de 1900, era uma prática comum esperar alguns minutos antes de cortar o cordão.
Um ensaio sueco de 2011 descobriu que apenas 0,6% dos bebês que nasceram e tiveram o cordão umbilical cortado com atraso de três minutos eram deficientes em ferro aos 4 meses de idade, em comparação com 5,7% dos que eram "desligados" da mãe imediatamente. Aos 4 anos de idade, as crianças com clampeamento tardio do cordão apresentaram maiores habilidades motoras e sociais, uma diferença particularmente evidente entre os meninos, que podem ser mais suscetíveis à deficiência de ferro. Outra pesquisa, uma revisão sistemática de estudos, em 2013, concluiu consistentemente que esperar para cortar o cordão dá aos bebês uma taxa extra desse nutriente.
"A deficiência de ferro afeta de 8 a 14% dos bebês e crianças nos Estados Unidos; a prevalência é muito maior nos países em desenvolvimento. Um relatório de 2015 observou que a prevenção de deficiência de ferro é preferível ao tratamento dessa complicação. Mesmo os bebês que são bem cuidados e têm acesso a atendimento médico confiável, e cuja família tem comida suficiente, ainda podem apresentar deficiência de ferro", explica Moises Chencinski..