A pesquisadora ressalta a importância de capacitar os agentes comunitários de saúde, que atuam no interior do Brasil, para detectar sinais da presença desse tipo de doença. "É muito importante que o país entenda a necessidade de aperfeiçoar as informações, principalmente as que estão no campo. E isso só vai ser feito se as pessoas que estiverem no campo forem capacitadas e puderem fazer a vigilância no período de silêncio. Para a gente entender esse processo, senão, só agimos na época dos surtos", comenta Márcia Chame.
Outro exemplo de cuidado com a prevenção foi dado por Cássio Peterka, representante do Ministério da Saúde. Ele lembra que foram registradas apenas 31 mortes por malária em 2016. Este seria o momento ideal, segundo ele, para investir na eliminação da forma mais grave da doença.
O deputado Mário Heringer (PDT-MG), que pediu a realização da audiência, afirma que existe a possibilidade de doentes de febre amarela terem pegado a doença mais de uma vez. "Na cidade de Manhuaçu, temos hoje internados no hospital César Leite quatro pacientes que apresentaram recidiva de febre amarela. Temos que saber por que isso está acontecendo", comenta o parlamentar.
O surto de febre amarela registrou 1.987 casos notificados, mas apenas 586 foram confirmados. No Brasil, cinco estados, até agora, foram afetados pela doença.
(com Câmara Notícias).