Um vídeo exibido nas redes sociais, com imagens que mostram um elefante praticamente se arrastando para conseguir sair de sua área de tratamento, sensibilizou os vereadores que resolveram conferir de perto a situação. O motivo seria uma barra de contenção instalada em uma altura incompatível com o tamanho do animal. Durante a visita, os vereadores constataram não somente essa realidade, mas também as péssimas condições estruturais no recinto dos elefantes e dos rinocerontes, comprometendo a locomoção e o bem estar destes animais.
Ao ser questionado, Homero Brasil Filho, presidente da Fundação Zoo-Botânica (FZB) de Belo Horizonte, explicou que a reforma desses recintos são obras que foram prometidas há cerca de dois anos pela Sudecap e, até o momento, não foram realizadas. Além das intervenções de adequação, o presidente da FZB destacou outro problema emergencial por que passa o zoológico, que diz respeito à mão de obra terceirizada. Isto porque o contrato entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a empresa que fornecia quase 80% dos funcionários foi encerrado, sem que outro novo acordo fosse firmado. "Uma nova licitação está em andamento, mas até que sejam finalizados todos os trâmites legais, será necessário que o zoológico só funcione nos finais de semana, por pelo menos 20 a 30 dias", afirma Homero Filho. Ele esclareceu ainda que 23 funcionários foram contratados em abril, porém, eles são suficientes apenas para trabalharem na alimentação diária dos animais que vivem no zoo.
A Câmara Municipal já marcou uma audiência pública para que, juntamente com a população e os órgãos responsáveis, os parlamentares possam desenvolver o papel de agentes fiscalizadores, de forma a garantir que os animais do zoológico, que já vivem confinados, não sofram em razão da burocracia do poder público.
(com assessoria da CMBH).