"É preocupante que, embora muitos fabricantes coloquem etiquetas de aviso para não usar o produto no canal auditivo, ainda exista um número significativo de lesões em crianças que usam o cotonete para limpar o ouvido", comenta o otorrinolaringologista pediátrico Kris Jatana, autor do estudo, em entrevista ao portal de notícias científicas LiveScience.
A pesquisa descobriu que, entre 1990 e 2010, cerca de 263 mil crianças americanas deram entrada em serviços de emergência por lesões em seus ouvidos causadas pelo uso idnevido das hastes de algodão. Durante os 20 anos de estudo, o diagnóstico mais comum foi a perfuração do tímpano. De acordo com Kris Jatana, lesão como essa pode causar tonturas, infecção e perda auditiva irreversível.
O que mais intriga o autor da pesquisa é que a maioria das crianças estava lidando com os cotonetes sem a supervisão dos pais. Ainda mais preocupante, os jovens com idade abaixo de 8 anos representam dois terços dos pacientes com lesões no canal auditivo.
O otorrinolaringologista pediátrico explica que a orelha é autolimpante e que a presença de cera é necessária, já que ela possui propriedades protetoras, lubrificantes e antibacterianas. Ele recomenda que a cera visível na parte externa da orelha seja retirada com um pano úmido..