Por outro lado, é só esquecer o desodorante ou, por algum motivo, transpirar mais do que o normal, para começar o desespero e o medo de que o corpo passe a cheirar mal. No entanto, não se culpe por isso. Afinal, de acordo com um cientista americano, os odores que nosso corpo expele estão diretamente relacionados à genética.
O químico orgânico George Preti, do Centro de Sentidos Químicos Monell, localizado na cidade americana de Filadélfia, estudou a origem dos cheiros exalados pelo nosso organismo. Ao iniciar a pesquisa, ele já sabia que algumas moléculas produzidas pelo corpo são quebradas por bactérias presentes na pele, causando os odores. A novidade é que o pesquisador descobriu que essas moléculas são criadas pelo próprio corpo humano, levando em conta a genética de cada pessoa. Ou seja, o cheiro de cada um de nós é único e não tem a ver somente com a higiene.
O especialista esclarece que estudos anteriores, realizados em animais, comprovaram que os odores corporais podem ter uma função importante na reprodução das espécies, auxiliando, de certa forma, a transmissão dos genes para os descendentes.
Glândulas e sudorese
Apesar do fator genético, recém-descoberto, George Preti reforça que a utilização de antitranspirantes é fundamental para evitar o mau cheiro do corpo.
O químico esclarece, ainda, no estudo, que foi divulgado pelo portal americano de notícias HuffPost, que o corpo humano possui dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas. As écrinas estão presentes em toda a superfície da pele e são responsáveis por secretar um tipo de suor composto basicamente de água – sua função primária é reduzir a temperatura corporal. Já as apócrinas, se localizam, principalmente, nas axilas e liberam suor com substâncias descartadas pelo corpo, incluindo as moléculas de proteína causadoras dos maus odores.
Não é tão ruim...
O especialista do Centro de Sentidos Químicos Monell afirma que, quando sentimos mau cheiro vindo do próprio corpo ou de outras pessoas, o odor não é tão ruim quanto parece. "Eu cheirei muitas roupas de pessoas que entraram em nosso laboratório dizendo que têm o pior cheiro do mundo. Analisamos estes odores utilizando uma escala de classificação e, posso afirmar: quase nunca é ruim", comenta George Preti em entrevista ao HuffPost.
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