Revista Encontro

Bem-estar

Especialista diz que repelentes não são 100% eficazes contra o Aedes aegypti

Segundo o médico, produto reduz chance de picada do mosquito da dengue, mas não garante a proteção

Vinícius Andrade
Desde que o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, passou a ser associado ao nascimento de bebês com microcefalia, a venda de repelentes disparou no Brasil.
O próprio Ministério da Saúde recomenda o uso do produto para afastar o mosquito, que também é transmissor da dengue e da febre chikungunya.

Esse recurso, no entanto, não é 100% eficaz. "Nenhum repelente é capaz de proteger completamente contra picada de mosquitos", garante o médico Esper Kallas, professor de Imunologia e Alergia da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista à Rádio USP.

De acordo com o especialista, a efetividade do produto é de aproximadamente 50%. A chance de levar uma picada é reduzida, mas não deve ser descartada, segundo o professor. Ele afirma que os repelentes de tomada também auxiliam, mas a eficácia não é totalmente garantida, assim como as velas ou essências de citronela.

Esper Kallas recomenda também que não se misture o repelente com outras substâncias, como o protetor solar. "Não sabemos como seria a reação da mistura com outros produtos. O uso deve ser de acordo com as instruções do material", instrui o médico.

Mercado agradece

Apesar da recessão econômica, a venda de repelentes no Brasil deu um salto de 49% no ano passado em relação a 2015, segundo dados da empresa de consultoria Nielsen. Em termos de receita, o crescimento foi de 84% na comparação dos períodos analisados.

(Com Rádio USP)
.