O projeto foi proposto pelo deputado estadual Eliomar Coelho (PSOL), que se valeu do argumento de que a medida incentivaria o consumo da bebida fluminense. Porém, não é isso que pensa o Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (Sindrio). O órgão considerou a lei desnecessária, de acordo com notícia publicada no site do Jornal Hoje, da TV Globo. Além disso, o Sindrio considera que o momento econômico não é o ideal para esse tipo de medida.
A nova lei do Rio de Janeiro também não foi bem recebida em Minas Gerais – estado que, de acordo com dados da Academia Brasileira de Cachaça de Alambique, é o maior produtor da bebida no país. "Isso é uma 'bola fora' do governador Pezão. Não é o governo quem decide o que os consumidores querem, mas sim, o próprio consumidor.
O produtor mineiro reafirma a qualidade da cachaça fabricada em Minas e acredita que a produção e a venda da bebida não serão afetadas. "O estado do Rio de Janeiro é um dos principais consumidores da cachaça mineira. Então, mesmo com essa lei, as pessoas não deixarão de comprar a nossa bebida nos estabelecimentos de lá", comenta José Otávio de Carvalho.
Mercado da cachaça
Segundo a Academia Brasileira de Cachaça de Alambique, o Brasil produz, anualmente, 1,4 bilhão de litros de cachaça. Deste total, Minas Gerais é responsável por 230 milhões de litros, o equivalente a 60% de toda a produção nacional. Ainda de acordo com a entidade, existem, no país, 40 mil produtores de aguardente, que geram 600 mil empregos, diretos e indiretos..