A demanda pela criação de um instrumento que facilite a vida das pessoas que sofrem com o Mal de Parkinson, por exemplo, foi identificada em 2014 pela então universitária Beatriz L. Pachelli, da graduação em Terapia Ocupacional da UFTM, aproveitou o tema para realizar seu trabalho de conclusão do curso. Beatriz realizou experimentos com duas colheres, uma padrão e outra adaptada adquirida comercialmente por importação, e obteve resultados positivos nos testes com o dispositivo adaptado – ela contou com um voluntário que sofre com Parkinson. Como o item importado tem um custo elevado, a pesquisadora decidiu desenvolver um novo modelo de colher que fosse acessível aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Beatriz Pachelli contou, então, com o apoio da professora Zilda de Castro Silveira, da EESC-USP, que já participava de outro trabalho na área de tecnologia assistiva.
O utensílio obtido pela parceria pode ser utilizado sem restrições por indivíduos que tenham graus iniciais do Mal de Parkinson ou ainda por pessoas acometidas de outras doenças e acidentes que dificultem a "pegada" no cabo de uma colher comum. "O dispositivo projetado possui o cabo para segurar dividido em quatro compartimentos nos quais é possível inserir água para alterar o peso, melhorar a estabilidade da preensão e, assim, dar mais autonomia ao usuário durante o processo de alimentação", explica a professora Zilda Silveira.
O novo instrumento foi patenteado no início deste ano, e o protótipo funcional está em fase de testes preliminares, por meio do delineamento de experimentos denominados Single-User, em um projeto de iniciação científica da UFTM.
(com Assessoria de Comunicação da EESC-USP).