"Essa triagem serve para fazer a detecção precoce de doenças. O ideal é diagnosticá-las na fase pré-sintomática para que se possa fazer o tratamento e minimizar os danos à criança", diz a pediatra e neonatologista Silvana Salgado Nader, do departamento científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
A especialista explica que a rede pública de saúde de cada estado disponibiliza os testes conforme sua prevalência de doença. "É importante que ele seja realmente feito, que as pessoas tenham consciência do exame, assim devem valorizar o serviço, buscar o resultado e apresentar ao médico", comenta a pediatra.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o teste do pezinho para seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Os exames feitos pelo SUS cobrem 76,91% dos nascidos vivos no Brasil. Em 2016, foram realizados 8.794.291 testes para identificar as doenças, a um custo de R$ 94,2 milhões.
O Ministério da Saúde ressalta que o SUS também garante atendimento com médicos especializados nas seis doenças, além de tratamento adequado e o acompanhamento vitalício da criança que for diagnosticada com alguma das doenças.
Desde 1992, o teste do pezinho se tornou obrigatório em todo o território nacional e, hoje, está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal, adotado pelo Ministério da Saúde desde 2011.
(com Agência Brasil).