São vários os transtornos que podem interferir na qualidade do sono, entre eles a apneia, o ronco, o bruxismo, o sonambulismo, a narcolepsia e o terror noturno. "O tratamento deve ser feito de acordo com a causa e esta precisa ser encontrada por meio de uma entrevista bem feita e de exames complementares", conta o especialista.
O neurologista esclarece que doenças neurológicas, como o Mal de Parkinson, levam a alterações do comportamento durante o sono ou ainda a quadros de sonolência excessiva. "Medicações e drogas também podem alterar o sono das pessoas e isto, geralmente, deve ser resolvido com a suspensão do agente causador. O estresse mental ou físico provocados por quadros dolorosos também podem contribuir para perturbar o sono de um indivíduo", completa Raimundo Nonato.
Outras doenças que podem levar aos transtornos do sono são o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a obesidade, que desencadeiam a apneia em alguns casos, distúrbio que acomete cerca de 30% da população. "Ela representa uma grande causa de queda na qualidade de vida, pois os seguidos episódios de paradas respiratórias durante o sono estão associados com queda do conteúdo de oxigênio no sangue e interrupções seguidas do sono, o que ativa o mecanismo de estresse cerebral, aumentando a pressão arterial e alterando o equilíbrio hormonal, o que, por sua vez, pode levar à hipertensão arterial, alterações do ritmo cardíaco, diabetes e dificuldade de perder peso", explica o médico.
O neurologista lembra que bons hábitos garantem um sono tranquilo. "É importante que o ambiente seja silencioso, com luminosidade e temperatura ideais, e que o indivíduo respeito seu relógio biológico, não forçando a vigília com o uso de estimulantes durante a noite ou com o uso de aparelhos eletrônicos no quarto.