"Em 2011, a Food and Drug Administration divulgou um relatório sobre a segurança dos implantes mamários de silicone. Em vez de ler o relatório completo de 63 páginas, destacamos o principal: após 10 anos de um aumento inicial de mamas, um em cada cinco pacientes precisa de algum tipo de procedimento de revisão. Isso significa que 20% das pacientes precisam de outra operação devido ao excesso de cicatrizes nas mamas ou à ruptura do implante. Isso também significa que 80% das pacientes estão muito bem, 10 anos após a cirurgia", afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada de São Paulo.
Segundo o especialista, se a paciente está tendo um problema, a alternativa pode ser mesmo a troca dos implantes. ,"Mas antes disso, é preciso um monitoramento adequado, com autoexame e consulta médica. Não existe a necessidade real de necessariamente substituir os implantes a cada 10 anos", esclarece o cirurgião plástico.
Além disso, o médico lembra que o estudo da FDA foi divulgado em 2011. Desde esse ano, existem implantes de silicone mais moderno no mercado.
"Os números mencionados como referência para o aumento mamário cosmético não se aplicam às pacientes que fizeram uma reconstrução das mamas após o câncer. Devido à radiação e ao fato de que a pele da mama ficar mais fina, após a mastectomia, os implantes para a reconstrução das mamas tendem a ter uma percentagem mais elevada de problemas, que exigem a 'troca' a cada 10 anos", comenta Ruben Penteado..