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Economia

Henrique Meirelles diz que economia está se recuperando, mesmo com a crise política

O ministro da Fazenda dá exemplos da recuperação e afirma que desemprego deve cair no segundo semestre

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aproveitou o anúncio de linhas de crédito para o setor de agronegócio, nesta terça, dia 11 de julho, para afirmar que a crise observada na política não está afetando a recuperação da economia brasileira.
"Embora haja naturais questionamentos de que a crise política esteja afetando a economia, não há evidências disso. Evidência é o que interessa na economia, são números, são fatos. Muitos insistem em lutar contra os fatos revelados nos dados econômicos", comenta o ministro.

Meirelles aproveitou a ocasião para apresentar uma série de dados que mostram que, apesar das turbulências na política, os agentes econômicos têm reconquistado a confiança, mantendo a economia em trajetória de recuperação.

O principal dado destacado pelo ministro foi a recuperação na produção industrial de bens de capital, que cresceu 3,5% em maio em relação ao mês anterior, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Bens de capital são aqueles utilizados pelas empresas para a produção de outros bens.

"É um sinal importante, sinal de que o item que levou o país à recessão, recessão que levou a uma queda da confiança e consequentemente a uma queda do investimento, agora começam a crescer", afirma Henrique Meirelles.

Ele cita outros dados que indicam recuperação futura da economia, como o aumento das encomendas de papelão ondulado, utilizado em embalagens, que cresceu 13,8% em junho, comparado com o mês anterior.

"Esse ciclo de crescimento é para valer, não é um crescimento circunstancial, baseado numa bolha de crédito que leva a uma elevação do consumo e depois a uma queda. Ao contrário, leva ao crescimento do investimento", diz o ministro da Fazenda.

Meirelles diz ainda que espera que o desemprego volte a cair a partir do segundo semestre. "É o último indicador a reagir", completa.

(com Agência Brasil).