Revista Encontro

Brasil

IBGE: BH, São Paulo e Rio representam 28% das áreas urbanas do Brasil

A capital mineira registra 756,6 km² de concentração urbana

Encontro Digital
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta, dia 27 de julho, a publicação Áreas Urbanizadas do Brasil 2015, um novo estudo que apresenta o estágio atual da urbanização brasileira com os primeiros resultados referentes às áreas urbanizadas em cidades com população acima de 300 mil habitantes, além dos municípios de Palmas (TO) e Boa Vista (RR).

Entre outras constatações, a publicação mostra, por exemplo, que dos 15.167,4 km² de área mapeada pelo IBGE, 28% se encontram em três "concentrações urbanas": São Paulo, que responde por 2.012,2 km²; Rio de Janeiro (1.505,6 km²); e Belo Horizonte (756,6 km²).

O estudo, uma atualização do projeto original de 2005, traz mudanças de metodologia por conta da evolução das imagens de satélite e, segundo o IBGE, apresenta delimitações das áreas urbanizadas das 63 concentrações urbanas brasileiras com população acima de 300 mil habitantes, além de Palmas e Boa Vista.

Segundo o levantamento, dos 15.167,4 km² da área mapeada pela pesquisa, 13% estão localizadas na concentração urbana de São Paulo, seguida de Rio de Janeiro (10%) e Belo Horizonte (5%).
Das 15 maiores concentrações urbanas, de acordo com suas áreas urbanizadas, apenas duas não são capitais: Campinas (SP), com a oitava maior área urbanizada, e São José dos Campos (SP), na 12ª colocação.

Pedro Henrique Braga, coordenador do projeto, destaca que duas cidades com as mesmas características ambientais e populações equivalentes podem crescer de formas completamente diferentes.

Segundo ele, na publicação online, o IBGE traça um panorama do processo de urbanização do país, que pode ser usado para mensurar a sustentabilidade das cidades. "Verificamos que a dinâmica populacional de cada cidade influencia seu crescimento de forma mais profunda do que o relevo", comenta o coordenador.

A finalidade do estudo, segundo Pedro Braga, "é o de acompanhar as tendências de crescimento das cidades, como e para onde cada uma se expande". Ele ressalta, ainda, que "no futuro, desenvolveremos uma metodologia que permita que os dados geográficos dialoguem com as informações demográficas obtidas nas pesquisas domiciliares, como o Censo. Essa correlação irá nos ajudar a compreender melhor a dinâmica populacional urbana".

(com Agência Brasil).