De acordo com o cirurgião-dentista Paulo Ueda, professor da Faculdade de Odontologia da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, "os implantes passaram por um grande avanço nos últimos 30 anos, mas, geralmente, os pacientes não estão atentos ao fato de que é preciso reavaliar periodicamente as condições do implante. Eles não são eternos e, mais do que isto, pode haver complicações em caso de negligência".
O especialista esclarece que um dos principais equívocos dos pacientes é julgar que, por ser artificial, os cuidados com o implante são diferentes dos exigidos por um dente natural. "Só escovar os dentes, pelo menos duas ou três vezes ao dia, não é suficiente. É fundamental ter gengivas saudáveis. Um cirurgião-dentista deverá observar, regularmente, se há inflamação no entorno ou, inclusive, alguma deterioração da peça que possa vir a causar prejuízos à saúde do paciente. Afinal, quando negligenciado, esse quadro pode evoluir para a perda óssea e, obviamente, do implante em questão", afirma Paulo Ueda.
O cirurgião-dentista revela ainda que um dos problemas que mais acometem pessoas com implantes dentários é a peri-implantite. Trata-se de uma doença infecciosa que afeta gengivas e ossos ao redor dos implantes.