Revista Encontro

Bem-estar

Jantar todos os dias pode levar ao ganho de peso?

Saiba mais sobre os mitos que envolvem a refeição noturna

Da redação com assessorias
Quem costuma fazer dieta, com certeza, já ouviu alguém dizer que o certo é fazer refeições a cada três horas.
E quando se trata de lanches noturnos, a dúvida fica ainda maior, já que o jantar pode ser tão calórico quanto o almoço. Algumas pessoas preferem seguir uma lógica expressão popular antiga: "tome café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um plebeu". Que a primeira refeição do dia deve ser reforçada, isso ninguém nega. Mas, e quando se trata de comer à noite? Neste caso, a redução do metabolismo pode ser responsável pelos quilinhos a mais?

Conforme explica a nutricionista Sinara Menezes, da Nature Center, embora isso realmente aconteça, não é o ponto mais relevante quando se trata do ganho de peso. "Mesmo porque o corpo continua queimando energia para manter a respiração, o batimento cardíaco, a secreção de hormônios e centenas de outras atividades durante o sono. O problema está mais relacionado à qualidade do sono e, principalmente, ao balanço energético, que é a soma de tudo que foi consumido no dia menos o que foi gasto no mesmo período", comenta a especialista.

Ainda de acordo com a nutricionista, devemos considerar a alimentação ao longo do dia como uma poupança. "Se começamos o dia, por exemplo, com um saldo zerado, mas com o passar das horas depositamos mil e posteriormente gastamos apenas 800, ao final ficamos com uma poupança de 200.
Não importa se esse 'depósito' foi feito pela manhã, à tarde ou à noite. No organismo, funciona dessa forma, se não 'gastamos' o saldo de 24 horas, acabamos com um depósito energético, principalmente em forma de gordura", esclarece Sinara.

Carboidrato à noite

Existe um mito famoso relacionado ao emagrecimento: "comer carboidrato à noite engorda". Porém, segundo a especialista, nosso corpo não funciona de forma cronometrada. "Os carboidratos são tão importantes à noite quanto pela manhã. A diferença é que, como a maioria das pessoas costuma diminuir o nível de atividade ao fim do dia, deve-se também diminuir a quantidade desses alimentos no prato, principalmente perto da hora de dormir. Ainda assim, a forma como eles vão compor o cardápio depende do estilo de vida de cada indivíduo", afirma a nutricionista. Ela lembra que as pessoas que costumam treinar durante a noite, por exemplo, podem precisar de porções iguais ou até maiores do que as consumidas durante o almoço, pois demandam mais energia neste momento do dia.

A especialista dá dicas de quais nutrientes são mais adequados no almoço e no jantar:

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