De acordo com a proposta, o fornecedor de bebidas deve ser habilitado, por meio de alvará específico e de laudos técnicos da Vigilância Sanitária, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
Segundo o relator, deputado Cesar Souza (PSD-SC), normatizar o uso de bebida alcoólica nos estádios é a melhor maneira de lidar com o assunto. "Em razão da proibição, torcedores preferiram assistir aos jogos nos bares, onde podem tomar cerveja durante a partida", comenta o parlamentar.
O autor da proposta lembra que, em estádios do mundo todo, vende-se cerveja inclusive para o público sentado na arquibancada. Segundo Goulart, o álcool em estádios não é responsável pela violência.
Para o presidente da comissão, deputado Lucas Vergílio (SD-GO), a questão da violência no esporte está muito mais relacionada com a educação de quem frequenta o evento esportivo. "Eu, particularmente, sou favorável à proibição, porque não vejo esse nível de educação para o bom uso", diz o deputado.
Já para Jorge Côrte Real (PTB-PE), se o objetivo é evitar que torcedores cheguem alcoolizados ao evento, a proibição deveria ser em todo o perímetro do estádio. "Lá você não bebe muito, porque não é ambiente para isso e a bebida é muito cara", afirma. Segundo ele, o problema de brigas não diz respeito ao álcool, mas sim, a questões diversas, como as torcidas organizadas violentas.
Tramitação
A comissão da Câmara rejeitou o projeto apensado (PL 1980/15) que trata do mesmo assunto. Agora, as propostas serão analisadas de forma conclusiva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da casa.
(com Agência Câmara Notícias).