Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os limites seguros aceitos para a contaminação de peixes com mercúrio (na forma de metilmercurio) é de 0,5 ppm e para o chumbo é de 0,3 ppm. Essa estimativa é feita com base na ingestão de até 400 gr de peixe por semana por um adulto que pese cerca de 60 kg. Qualquer consumo acima dessa marca é prejudicial, trazendo possíveis danos aos sistemas respiratório, cardiovascular e nervoso.
Com isso, deve-se ter atenção ao consumir peixes diariamente. Infelizmente, os pescados mais afetados pelos metais pesados são justamente os que mais agradam ao paladar brasileiro, como salmão, namorado, pescada, atum, cação e sardinha.
"É importante que levemos em consideração que os peixes tendem a acumular poluentes como os metais pesados. O consumo em elevada quantidade de peixes pode ser prejudicial, especialmente para crianças em desenvolvimento e gestantes, dado o risco de contaminação com chumbo e mercúrio, que, nestes casos, pode atingir doses perigosas.
A especialista lembra que a suplementação pode ser feita com cápsulas, porém, é preciso cuidado na hora de escolher o suplemento – muitos contém menos ômega-3 do que o recomendado. Além disso, é importante ter certeza de que o suplemento não esteja contaminado com metais pesados e tenha apenas os ácidos graxos ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA).
"A ingestão diária ideal de ômega-3 traz comprovadamente diversos benefícios ao organismo, desde a promoção da boa saúde do coração e do cérebro, redução no nível de triglicérides, do estresse oxidativo e da aterosclerose, ação anti-inflamatória e antidepressiva, além de atenuar os sintomas da síndrome do olho seco e na prevenção das crises de psoríase", esclarece Maria Inês Harris..