"Nós estamos modernizando , não só em favor dos empresários, mas do povo brasileiro, que quer ir ao supermercado no feriado e nos fins de semana", comenta Temer.
Para o presidente, os atos e as reformas do governo federal estão modernizando o ambiente econômico e produtivo para o país voltar a crescer. "E o comércio varejista nos dá uma medida clara de como anda a economia, porque o varejo é o último elo de uma cadeia de produção e distribuição. Do varejo, vai para o cidadão, e os números do setor são expressivos", afirma o peemedebista.
Ele ressaltoa ainda que o comércio varejista teve o terceiro mês consecutivo de crescimento. "Significa que as pessoas voltaram a consumir, sinal de que a economia se recupera e volta a gerar empregos".
Pedido da Abras
Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a mudança da norma atende a uma solicitação feita no ano passado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e é um pleito antigo do setor varejista. Para o ministério, a alteração na legislação melhora o ambiente de negócios, dá mais competitividade ao segmento, permite o crescimento das empresas e, consequentemente, a geração de emprego.
A legislação que reconhece as atividades essenciais da economia brasileira, o Decreto nº 27.048, de 1949, não menciona expressamente supermercados em seu anexo, apenas pequenos mercados, como peixarias e padarias. "Todas essas atividades foram incorporadas ao sistema do supermercados. E o fato de não estarem inseridos no rol de atividades essenciais fazia com que houvesse uma necessidade de negociação para que pudesse exercer sua atividade em domingos, feriados e horários especiais", comenta Marcelo Maia, secretário de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Maia explica que os municípios têm autonomia para legislar e que o funcionamento do varejo está sujeito a negociações, mas, agora, isso passa a ser legalizado automaticamente.
De acordo com dados da Abras, os supermercados representam 83,7% da comercialização de produtos de primeira necessidade. Para o presidente da entidade, João Sanzovo, o decreto faz justiça ao setor supermercadista: "Desde seu surgimento em 1953, o setor evoluiu, mas a legislação não acompanhou essa evolução. Agora seremos reconhecidos como atividade essencial que somos. O decreto está fazendo justiça para os consumidores que precisam se abastecer nos feriados e domingos e tínhamos muitos obstáculos para satisfazer a demanda em alguns lugares do país".
Outros dados do setor mostram que existem cerca de 89 mil supermercados no Brasil, que empregam mais de 1,8 milhão de pessoas.
(com Agência Brasil).