O Rola Moça é o terceiro maior parque em área urbana do país, abriga mananciais que abastecem a capital mineira e protege espécies ameaçadas e endêmicas da fauna e flora, além de ser marcado por paisagens belas e diversificadas. Testemunhas ouvidas pla Amda afirmam que avistaram uma mulher ateando fogo no limite do bairro Jardim Canadá com uma área natural de propriedade da mineradora Vale, contígua ao parque. O local é utilizado como depósito irregular de lixo e a queima de resíduos é frequente, conforme a associação ambientalista.
O fogo atingiu uma área de encosta extremamente íngreme, ocupada por canelas-de-ema, planta típica da região do parque, que possui um tipo de resina que dificulta ainda mais o trabalho dos brigadistas. "Nem cabrito consegue subir onde os brigadistas foram para apagar o incêndio. É ato de heroísmo mesmo. Se o fogo adentrasse a noite, o combate seria impossível em função da segurança e ele se espalharia feito rastilho, com grande chance de se tornar incontrolável", comenta Dalce Ricas, superintendente da Amda, que também atuou como brigadista.
Para ela, é preciso que o Instituto Estadual de Florestas (IEF), responsável pela gestão do parque, adote medidas preventivas mais rigorosas em relação às queimadas. "A origem de 95% dos incêndios que acontecem no parque se iniciam nos limites dele com áreas urbanas, nos bairros Jardim Canadá, em Nova Lima, em bairros de Belo Horizonte e no município de Ibirité, cuja expansão urbana ameaça cada vez mais a integridade do Rola Moça.
A presidente da Amda se juntou a outros brigadistas voluntários e às equipes de brigadas profissionais da Amda, do IEF, da PrevIncêndio, da Copasa, do Instituto Casa Branca, da Brigada 1 e do condomínio Retiro das Pedras. O combate contou ainda com apoio de dois caminhões pipa enviados pelas empresas Vale e Vallourec, um helicóptero para auxiliar o transporte dos brigadistas e dois aviões de lançamento de água..