"O caminho não é esse. Para quem tomou duas ou três vezes ao mês, é melhor buscar outras alternativas, como as pílulas comuns de uso diário. A pílula do dia seguinte deve ser usada em casos de imprevistos, por exemplo, quando a camisinha rompe, ou em ocorrências de estupro", salienta a médica.
A eficácia dessa pílula é relacionada ao tempo em que é ingerida. A ginecologista explica que é preciso tomar até 12 horas depois do ato e, novamente, após outras 12 horas, para manter a eficiência de 90%.
Composta por uma dose alta de hormônio, o efeito no organismo, de acordo com Maria Luisa Mendes Nazar, é de desenvolver um ambiente desfavorável para a gravidez. "O aumento rápido da progesterona vai provocar a descamação do tecido de dentro do útero, impedindo a gestação", diz a especialista.
Apesar da alta dosagem, a ginecologista afirma que a progesterona não é considerada um hormônio perigoso, sem contraindicação e os sintomas podem ser parecidos com o período pré-menstrual. Também não oferece risco cardiovascular e possui menos efeito no sentido de estimular neoplasias.
Outras reações no organismo dependem do ciclo menstrual da mulher.
Apesar disso, a ginecologista lembra que o medicamento não causa problemas para o bebê, em uma eventual gravidez, e não altera a fertilidade da mulher. "A pílula do dia seguinte é muito eficaz e válida, mas deve ser usada com parcimônia sempre", completa..