"É difícil regredir uma doença periodontal, principalmente porque as pessoas não sabem que ela existe. Como os humanos, os animais também acumulam placa bacteriana e isso gera uma série de problemas, desde dor moderada e perda dos dentes, até uma infecção mais grave", esclarece a especialista.
De acordo com a veterinária, há algumas formas de prevenir essas doenças. Uma delas é levar o animal ao consultório a cada seis meses, para retirada do tártaro. Outra ação importante é escovar os dentes dos cães. Além disso, os tutores devem fornecer alimentos que ajudam na redução do acúmulo de tártaro, como rações que contenham hexametafosfatos ou tripolifosfatos.
"Apesar da doença não regredir, o tutor pode iniciar a escovação em qualquer idade, pois isso evitará a progressão do problema. As escovas e pastas dentais são feitas exclusivamente para animais, por isso, não há motivo para preocupação se o pet engolir o creme dental", afirma Laís Alarça.
Para uma higiene eficaz, a especialista recomenda que se escove uma vez por dia. "Se for possível fazer isso por 10 ou 15 minutos, o efeito será ainda maior.
Doença periodontal
Como mostra Laís, os sinais iniciais de problemas nos dentes dos cães são quase imperceptíveis. O mau hálito é um deles. "Outro sintoma importante é a gengiva inflamada, que, se tratada com agilidade, pode ser estagnada. Abra a boca do seu pet e verifique os estados dos dentes. Se possível, faça essa primeira análise com o médico veterinário da sua confiança", completa.
O problema é que a doença pode se tornar grave se não for diagnosticada com rapidez. "Quando o animal não recebe atendimento, pode ocorrer perda dos tecidos de sustentação dos dentes, o que gera a perda dos dentes, seguida de dor ao mastigar e até tomar água", diz a veterinária.
Além disso, a endocardite bacteriana, outra infecção bucal dos cães, pode ocasionar problemas em órgãos importantes como fígado, rins e pulmões. "A infecção generalizada, que atinge os animais no último estágio da doença, pode ser fatal", afirma Laís Alarça..