O documento enviado à Casa Civil foi produzido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a pedido do MME. Segundo o ONS, a hora adiantada não possui relação direta entre a redução de gastos e o consumo de energia elétrica e sua produção.
O relatório aponta que a manutenção do horário de Verão é considerada uma "questão cultural". "Em termos integralizados , o horário de Verão não atendeu ao que se propôs, ou seja, não há relação direta com redução de consumo e demanda", informa o documento do ONS.
A popularização dos aparelhos de ar condicionado é uma das principais razões dessa mudança. No relatório, técnicos do ministério apontaram que a temperatura é o que mais influencia nos hábitos do consumidor, e não a incidência da luz durante o dia.
Como o calor é mais intenso no fim da manhã e no início da tarde, os picos de consumo são registrados atualmente nesses períodos. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema, o horário de ponta ocorre, atualmente, entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h, período em que os trabalhadores retornavam para casa e tomavam banho.
Para dar mais folga e segurança ao sistema, adiantar os relógios em uma hora permite, por exemplo, adiar o acionamento da iluminação pública nas ruas – o que adia parte da demanda e reduz a concentração do uso de energia, diminuindo custos do sistema elétrico.
Apesar do novo estudo, no ano passado, ainda segundo dados do ministério, o horário de Verão durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema, ao reduzir o acionamento de usinas termoelétricas. O custo é considerado irrelevante para o setor.
(com informações da Agência Estado).