Na pesquisa anterior, a popularidade de Temer já havia caído a seu nível mais baixo entre os ex-presidentes. Em julho deste ano, 5% dos entrevistados avaliaram o governo como ótimo ou bom, 21% como regular, 70% como ruim ou péssimo e 3% não souberam ou não responderam.
Segundo a CNI, a avaliação de um presidente como ótimo ou bom é a pior desde o final do governo de José Sarney, em julho de 1989, que foi 7%.
Ainda conforme a pesquisa CNI-Ibope, o aumento da impopularidade também foi registrado pelo número de pessoas que dizem não aprovar a maneira como o peemedebista governa ou que não confiam no presidente. O percentual dos entrevistados que confiam em Temer caiu de 10%, em julho, para 6%, em setembro. Já 92% não confiam no governo – na última avaliação, esse percentual era de 87%.
O índice de desaprovação da maneira como o presidente Temer governa também subiu de 83% para 89%. Entre os que aprovam a maneira de governar, eram 11% em março e, agora, são apenas 7%.
Entre as notícias mais lembradas pela população estão as que tratam da corrupção no governo, da Operação Lava Jato e a liberação para exploração mineral na Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca).
Segundo Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, a popularidade muito baixa, neste momento, tem dois componentes. "Nessa mudança de julho para setembro, o debate todo em torna da Amazônia afetou essa avaliação. E, por mais que se tenha indicadores mostrando a evolução gradual da economia, a população não está percebendo isso ainda, não vê melhoras", comenta o gerente-executivo, explicando que a questão econômica é sempre muito atrelada à avaliação do governo.
A aprovação do atual governo caiu mais entre os entrevistados com renda familiar mais alta. Das pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos – faixa mais alta de classificação da pesquisa – o percentual dos que o consideram ruim ou péssimo subiu de 75% para 86%. Ainda assim, na comparação com os diferentes estratos de renda familiar, esse é o grupo onde a popularidade do governo é mais elevada (12%).
(com Agência Brasil).