"De forma agregada, a gente viu uma taxa de desocupação caindo, combinando com um aumento da ocupação, porque, até então, você tinha a ocupação começando a cair menos", comenta a especialista. Já no último trimestre, até julho, apesar de a ocupação mostrar variação pequena (%2b0,2%), esta é a primeira variação positiva em dois anos, destaca Andréia. "Então, já é um sinal", completa.
Como mostra o Ipea, o aumento da ocupação está ocorrendo no mercado informal. Mas, quando se analisa o mercado formal, com carteira assinada, há indicativos de que o quadro também está melhor. Segundo a economista, uma prova disso é a redução do ritmo de demissões. "O mercado formal já está demitindo menos. Ele ainda não contrata no agregado.
A economista salienta que outro sinal positivo do mercado formal é dado pelo rendimento. A análise dos ganhos dos trabalhadores mostra que está no mercado formal a maior alta de rendimentos (3,6%).
Desemprego
A representante do Ipea afirma que o desemprego teve melhora em todas as regiões brasileiras. Ao analisar os dados, verifica-se um comportamento difuso. No sudeste, por exemplo, o desemprego é relativamente alto porque está "contaminado" pelo Rio de Janeiro. "Você vê que ele cai em todas as regiões, mas, dentro de cada região, existem alguns comportamentos difusos. O Rio de Janeiro é um dos poucos estados que não conseguem reduzir a taxa de desemprego. Pelo contrário. A cada trimestre, uma nova alta no desemprego", comenta Andréia. A taxa de desemprego no Rio de Janeiro passou de 14,5% para 15,7%.
De modo geral, o Ipea aponta que o desemprego recuou no país em termos de região, gênero e escolaridade. Entre os mais jovens, a taxa de desocupação também recuou. Entretanto, mesmo recuando, a taxa de desocupação entre os trabalhadores jovens é a mais alta de todos os grupos, segundo a economista. Essa parcela da população tem mais dificuldade para sair do desemprego e conseguir uma nova colocação no mercado.
(com Agência Brasil).