De acordo com o levantamento, a região sudeste apresenta 2.709.342 hectares irrigados; a sul, 1.696.233; a norte, 194.002 ha; a nordeste, 1.171.159; e a centro-oeste, 1.183.974. O estudo da ANA destaca quatro métodos de irrigação como os principais no país: por superfície, subterrânea, por aspersão e localizada, especialmente usadas no agronegócio.
"Em que pese a diversidade, é possível extrair alguns padrões de larga escala entre métodos e culturas, tais como a forte correlação entre a inundação e o arroz; entre o gotejamento, o café e a fruticultura; entre a aspersão convencional com carretéis enroladores e a cana-de-açúcar; e entre os pivôs centrais e a produção de outros grãos, em especial algodão, feijão, milho e soja", diz o estudo.
Ainda segundo o documento, entre os principais cultivos irrigados no país, como a cana-de-açúcar e as culturas em pivôs centrais (método no qual a água é aspergida por cima da plantação utilizando-se uma tubulação suspensa), "reitera-se a concentração do arroz no sul e Tocantins; da cana no litoral nordestino e no centro-sul ; dos pivôs centrais na região central ; e das demais culturas e sistemas no Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná e nos estados no semiárido ".
A agência reguladora mostra que a irrigação contribui para a estabilidade e o aumento da oferta de alimentos "e o consequente aumento da segurança alimentar e nutricional da população brasileira. Tomate, arroz, pimentão, cebola, batata, alho, frutas e verduras são exemplos de alimentos produzidos sob alto percentual de irrigação", diz o estudo.
O trabalho divulgado pela ANA ressalta que, embora o crescimento da irrigação resulte, em geral, no aumento do uso da água, a atividade contribui para "o aumento da produtividade, a redução de custos unitários, a atenuação de riscos climáticos/meteorológicos e a otimização de insumos e equipamentos".
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os líderes mundiais em irrigação são a China e a Índia, com cerca de 70 milhões de hectares cada, seguidos dos Estados Unidos (26,7 milhões), do Paquistão (20 milhões) e Irã (8,7 milhões).
(com Agência Brasil).