"O próximo ano é eleitoral. É difícil a aprovação de medidas desse porte no próximo ano. É muito importante que seja feita neste governo. Teremos eleição ano que vem. Haverá um novo governo tomando posse. Qualquer governo terá que fazer .
Para o ministro da fazenda, o governo tem condições de conseguir a aprovação da reforma da Previdência, mesmo depois do placar de votação na Câmara dos Deputados sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. Meirelles defende que são questões diferentes. "Existem muitos parlamentares que votam de uma maneira e agora poderão votar de outra. São duas coisas completamente diferentes".
Durante a entrevista da TV NBR, o ministro comenta ainda que a projeção oficial atual de crescimento da economia no próximo ano é de 2%, mas deverá ser revisada. "Vamos fazer uma revisão proximamente, mas não me supreenderia se estiver acima de 3% de crescimento para o ano de 2018", explica.
"Voltamos a crescer e agora de uma maneira forte e consistente. Atravessamos a maior recessão da nossa história e uma crise dessa profundidade tem os seus efeitos que se prolongam por algum tempo", afirma o ministro. Ele acrescenta que a população pode ainda não perceber, por ainda haver "grande número de desempregados". Entretanto, o desemprego está diminuindo, assegura Meirelles.
Reforma tributária
Ao ser questionado sobre a ausência de tributação sobre grandes fortunas, o ministro diz que na reforma tributária haverá debate envolvendo o imposto sobre patrimônio. Além disso, conforme o ministro, a ideia é simplificar a tributação para que o "cidadão possa pagar de maneira mais simples e em menos tempo". "E as empresas terão um sistema mais eficiente de pagamento, menos caro", completa.
Ajuste fiscal
O ministro da Fazenda lembra ainda que o governo está avaliando se as medidas de ajuste fiscal para 2018 serão enviadas ao Congresso Nacional por medida provisória ou projeto de lei. "Durante a semana, discutiremos se será medida provisória, que é mais eficiente e mais rápida, ou será por projeto de lei, como deseja a liderança do legislativo. Mas isso é questão de uma conversa democrática que está em andamento. Se não for medida provisória, vamos ter que trabalhar como regime de urgência", afirma Henrique Meirelles.
(com Agência Brasil).