O projeto foi discutido ainda na terça, antes da sessão plenária, em reunião extraordinária na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Entretanto, não houve consenso entre os senadores e a matéria seguiu para o plenário, conforme entendimento prévio entre os líderes partidários e a presidência do Senado.
"Não houve o acordo, embora se tenha discutido bastante, até com aceitação das duas partes. Eu ouvi os representantes dos taxistas e ouvi também os representantes dos serviços com aplicativos", comenta o senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da CCT.
Estava em análise na comissão um substitutivo do relator, senador Pedro Chaves (PSC-MS), ao projeto da Câmara. No entanto, alguns senadores esperam chegar a um acordo sobre o texto original da Câmara até a próxima terça-feira (31), quando a matéria deverá ser votada.
"Nós estamos trabalhando em um acordo para apresentar depois à Casa Civil uma alternativa para essa regulamentação que contemple tanto os aplicativos quanto os taxistas", explica o senador Acir Gurgacz (RO), líder do PDT no Senado.
Para o líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), a preocupação é que, com as alterações, o projeto volte para análise da Câmara dos Deputados e que a matéria não seja decidida este ano.
"Se a gente usar o projeto do senador Pedro Chaves, volta tudo à estaca zero. Tudo o que não se quer é prejudicar o trabalhador. Existem trabalhadores dos dois lados, então, esta casa tem que tentar construir um acordo para que a gente possa votar na próxima semana", afirma o parlamentar petista.
Já o senador Pedro Chaves defendeu o substitutivo que apresentou como a melhor alternativa para o impasse.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, fez um apelo para que os senadores possam chegar a um consenso até a próxima semana e lembrou que o requerimento de urgência para o projeto já esperava por votação há um mês.
"Eu espero que, até terça-feira , Deus ilumine as senadoras e senadores para que encontremos uma saída que contemple tanto um lado quanto o outro. Isso é possível de acontecer", comenta o senador.
(com Agência Senado).