As espécies mais comuns que habitam os centros urbanos consomem frutas, sementes, néctar, pólen e insetos. Além de equilibrar o ecossistema, os morcegos têm um papel importante dentro da vigilância epidemiológica de territórios. Isso porque o monitoramento do animal pode ajudar a identificar a circulação do vírus da raiva nas cidades.
Em Belo Horizonte, os morcegos são monitorados pelo Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e pelas gerências de epidemiologia das regionais. A análise é feita apenas nos animais identificados com comportamento anormal, ou seja, que estejam caídos no chão, vivos ou mortos; dependurados no meio da parede ou em troncos de árvores e janelas, em locais de baixa altura; ou que estejam voando durante o dia. Neste ano, até o mês de setembro, nove animais apresentaram resultado positivo para raiva, segundo a PBH.
Como explica a bióloga Érica Munhoz de Mello, responsável pelo Laboratório de Morcegos Urbanos da Zoonoses, mesmo com que o número de ocorrências seja pequeno, o trabalho de vigilância é extremamente importante. "É justamente este monitoramento que irá identificar em quais locais as equipes precisam atuar e, assim, diminuir as chances de transmissão da doença", comenta a especialista.
Em Belo Horizonte, a raiva está controlada e não há casos humanos desde 1984 e caninos desde 1989 – mesmo assim, as ações de prevenção devem ser mantidas, como a vacinação anual de cães e gatos.
Recolhimento de morcegos
Em caso de identificação de um morcego com comportamento anormal, a população deve acionar imediatamente a Zoonoses. Uma equipe será enviada ao local para fazer o recolhimento de forma adequada.
Para recolhimento de morcegos, os telefones do Centro de Controle de Zoonoses são: (31) 3277-7411/7413.
(com portal da PBH).