Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a explicação para o surgimento de bactérias mais resistentes está na teoria da seleção natural das espécies elaborada pelo naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882). "Quando são expostas aos antibióticos, um grupo pequeno de bactérias mais fortes pode sobreviver e, posteriormente, se reproduzir. Isso significa que, a cada geração, as bactérias mais resistentes dão origem a outras que também são resistentes", informa a Anvisa.
Quando o micro-organismo é resistente a mais de um tipo de medicamento, ele é chamado de multirresistente aos antimicrobianos. "Essa resistência pode surgir por uma mutação que dá ao micro-organismo condições de resistir ao medicamento. Também pode acontecer pela troca de material genético entre o micróbio comum com outros resistentes", esclarece a agência.
O problema é mais frequente com antibióticos, mas também afeta antivirais, antifúngicos e antiparasitários.
Por isso, o uso de antibióticos adequados para o tipo de infecção, no tempo correto e na dosagem recomendada é fundamental para evitar a sobrevivência de bactérias mais resistentes.
Além disso, outros fatores também contribuem para o surgimento de superbactérias. Conheça os principais, segundo a Anvisa:
- Tratamento maior ou menor que o recomendado pelo médico
- Uso de antibiótico para tratar doenças que não são infecções bacterianas, por exemplo, a gripe
- Uso de antibiótico não indicado para o tipo de bactéria que está causando a infecção
- Uso inadequado de antibióticos na área veterinária, especialmente em animais utilizados para o consumo humano
- Falta de um bom controle de infecções nos serviços de saúde
Falta de antibiótico?
O principal problema da resistência das bactérias, de acordo com a agência, é a redução das opções de antibióticos para tratar infecções causadas pelos micro-organismos cada vez mais fortes.
(com portal da Anvisa).