Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2016, foram registrados 2.470 novos casos de linfoma de Hodgkin. Os mais afetados pela doença são homens entre 15 e 35 anos e não há uma causa específica identificada. Como todo tipo de linfoma, acomete inicialmente os linfonodos, pequenos órgãos do sistema linfático que produzem e transportam as células responsáveis pela imunidade por todo o corpo.
"Um dos principais sintomas é o aparecimento de gânglios de tamanho aumentado, conhecidas popularmente como ínguas. Estas podem aparecer no pescoço, nas axilas, nas virilhas ou em outras cadeias ganglionares", esclarece Tânia Barreto, gerente médica da área de Oncologia da Takeda Brasil. Geralmente, em processos infecciosos, as ínguas também podem estar aumentadas, mas regridem de tamanho entre duas semanas e um mês. Caso não desapareçam, pode haver a suspeita de um problema mais grave, incluindo o linfoma de Hodgkin.
De acordo com a especialista, cerca de 30% dos pacientes podem apresentar febre, suor intenso durante a noite, perda de peso e coceiras. Às vezes, o linfoma é diagnosticado ao acaso, quando é solicitado algum exame ao paciente por outros motivos, como um raio-x ou tomografia de tórax.
Tratamento
A quimioterapia e a radioterapia são os caminhos terapêuticos iniciais da doença. Caso não se consiga um resultado adequado, o tratamento pode ser feito com transplante de células-tronco. Se ainda assim o paciente apresentar progressão na doença, é proposto o tratamento por meio de terapia-alvo, em que o diferencial é o direcionamento realizado apenas para as células cancerígenas do linfoma de Hodgkin. "No caso da terapia-alvo, o medicamento tem uma distinção importante em sua seletividade no mecanismo de ação e ataca somente células doentes", explica Tânia Barreto. No Brasil, há apenas uma opção de terapia-alvo aprovada para este tipo de câncer, o brentuximabe vedotina..