Revista Encontro

Bem-estar

Não faça jejum intermitente sem orientação profissional

A nova 'moda' para emagrecer é ficar muitas horas sem ingerir qualquer alimento

Da redação com assessorias
Qual a melhor opção para emagrecer de forma rápida: dieta ou jejum intermitente? Muitas pessoas não gostam de mudar a rotina alimentar, no caso das dietas, e preferem, simplesmente, deixar de comer.
Ou seja, passam a seguir o chamado jejum intermitente. O problema é que ele não pode ser feito de qualquer maneira, muito menos sem ajuda profissional.

Para quem não sabe, o jejum intermitente é um método de emagrecimento que visa intercalar períodos de jejum com os de alimentação normal. Segundo a nutricionista Natasha Terra, o objetivo desta prática é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura e, com isso, haja uma perda de massa gorda. "O jejum intermitente deve ser planejado e programado, para ser feito por um tempo determinado. Existem formas diferentes de se planejar esse jejum", comenta a especialista.

De acordo com nutricionista, o jejum intermitente pode ser feito em intervalos de oito, 12, 18 e até 24 horas. Quanto ao número de dias, pode ser realizado uma, duas ou três vezes por semana. "Os efeitos desse jejum se baseiam na expressão de genes que estão envolvidos com o aumento da capacidade antioxidante e a oxidação de gorduras", esclarece Natasha Terra.

A especialista diz que, no jejum intermitente de 12 horas, por exemplo, faz-se a última refeição do dia anterior – no jantar – e, em seguida, dorme-se por no mínimo oito horas.
Neste caso, a próxima refeição – o almoço – só será realizada às 12h. Basicamente, a pessoa não se alimenta no café e no lanche da manhã.

Durante o jejum, é permitido consumir chá e café sem adoçar, de preferência, ou utilizar algumas gotinhas de adoçante, por não conterem quantidades significativas de calorias – água não pode faltar nunca, claro.

Resultados

Conforme Natasha Terra, estudos sobre o jejum intermitente mostram que ele apresenta resultados, dependendo da resposta de cada organismo, como maior oxidação de gordura, diminuição do LDL (colesterol ruim), redução dos níveis de insulina e modulação da inflamação. "Porém, alguns estudos mostram que os efeitos de uma dieta comum de restrição calórica possuem o mesmo efeito que o jejum intermitente. Esse é um tipo de dieta bem aceita, pois o paciente não passa longos períodos sem se alimentar", explica a nutricionista.

Ela lembra ainda que o jejum intermitente deve ser feito com o auxílio de um profissional capacitado. "Para indicar o jejum, é necessário conhecer bem o paciente, como seus hábitos alimentares e perfil genético", comenta a especialista..