Mesmo que os números ainda não sejam os ideais, o levantamento aponta um crescimento das mulheres executivas se comparado com o último indicador divulgado em 2015, em que o percentual de mulheres em cargos de chefia era de 12% no mundo.
Para a deputada federal Laura Carneiro (PMDB-RJ), uma das explicações para a baixa representatividade feminina nos cargos de chefia pode ser a gravidez. De acordo com ela, muitas mulheres aceitam o primeiro salário oferecido por medo de não serem contratadas no futuro, quando chegar a gestação. "É claro que o fato da mulher engravidar sempre faz com que ela fique mais frágil na contratação no mercado de trabalho. Na verdade, se o patrão oferecer 'X' ou 'Y', ela acaba aceitando, porque, um dia, pode ficar grávida e isso dificulta sua contratação. Então, sempre é mais difícil para a mulher.
A análise de Laura Carneiro pode ser comprovada por um estudo feito pela empresa MindMiners com mil profissionais. Quase metade das mulheres entrevistadas revelou que já foi rejeitada em uma seleção de emprego por ser mãe ou ter manifestado desejo de engravidar. De acordo com a pesquisa, 37% das mulheres acreditam que já perderam alguma chance de promoção por causa da maternidade.
A deputada lembra que, segundo dados do Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, no Brasil, as mulheres são maioria em universidades e cursos de qualificação. "O que significa que essas mulheres estão cada vez mais aptas para disputar com os homens, se qualificando para poder vencer no mercado de trabalho por meio da da sua qualificação", diz Laura.
Conforme dados do ministério, entre os brasileiros que possuem ensino médio completo ou superior incompleto, 39,1% são mulheres e, 33,5%, homens..