A pesquisa, liderada pelo professor Arjun Berera, da Faculdade de Física e Astronomia, afirma que fortes correntes de poeira cósmica, que se deslocavam em velocidades de até 70 km/s (ou 252 mil km/h), podem ter transportado organismos vivos microscópicos capazes de sobreviver à jornada espacial.
Além disso, segundo o estudo, as rajadas rápidas de poeira espacial impactam nosso planeta regularmente, enviando pequenas formas de vida terrestres para a atmosfera, 150 km acima da superfície da Terra.
A hipótese da poeira espacial como transporte de micro-organismos se soma a outra já conhecida, e defendida por muitos astrônomos, que sugere que os impactos de asteroides e cometas são o método natural, mais provável, ou até o único, de transferência de vida entre planetas no Universo.
Ainda assim, a teoria defendida pelo professor Arjun Berera, conhecida como panspermia, traz um novo debate sobre a origem da vida na Terra. Segundo o pesquisador escocês, cerca de 100 mil kg de poeira espacial caem no nosso planeta todos os dias.
Em comunicado enviado à imprensa, Berera afirma que "a suposição de que colisões de poeira espacial poderiam empurrar organismos por distâncias enormes no Universo cria algumas perspectivas impressionantes que explicam como a vida e as atmosferas dos planetas se originam".
(com Agência Sputnik).