A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) alerta os consumidores que desejam aderir à tarifa para que levem em consideração o perfil de consumo, sob pena de sofrerem um efeito contrário com a medida, ou seja, aumento na conta de luz.
Segundo Nelson Leite, presidente da Abradee, antes de optar pela tarifa branca, o consumidor deve analisar o próprio perfil e hábitos de uso da energia elétrica ao longo do dia. "Não é uma decisão simples. Ela envolve alguns cálculos e algumas estimativas de consumo", comenta o especialista, durante o lançamento de uma cartilha explicativa elaborada pela instituição, na quarta, dia 6 de dezembro.
A nova modalidade permite ao consumidor pagar tarifas diferenciadas de acordo com a hora do dia. Na primeira fase, poderão adotar a tarifa os consumidores de de baixa tensão, como residências, pequenos comércios e indústrias, com consumo médio mensal superior a 500 quilowatts-hora (KWh). Em média, o consumo das famílias brasileiras é de 160 kWh/mês.
Nos horários de pico, a tarifa terá um valor mais alto. Fora desse horário, o preço cobrado será mais baixo.
Inicialmente, a medida atingirá uma pequena parcela dos consumidores brasileiros, já que poderão aderir à tarifa branca cerca de quatro milhões de residências, o que representa cerca de 5% do total de imóveis, estima Nelson Leite.
Em janeiro de 2019, poderão aderir à nova tarifa aqueles que tenham média anual de consumo maior que 250 kWh/mês. Já a partir de 2020, a modalidade estará aberta a todas as unidades consumidoras, com exceção daquelas de baixa renda, beneficiadas pela tarifa social.
O consumidor deverá fazer a adesão na concessionária de energia que atende sua cidade. Após análise do pedido, a concessionária tem 30 dias para fazer a troca do medidor de energia, no caso de unidades consumidoras já existentes, ou os prazos e procedimentos padrão para novas solicitações de fornecimento.
com Agência Brasil).