A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a doença acomete cerca de 80% dos homens acima dos 50 anos. A hiperplasia afeta a qualidade de vida do paciente e, segundo o urologista Fernando Leão, a alta incidência de homens com o problema está diretamente relacionada ao aumento da expectativa de vida. "Estamos vivendo mais e é uma condição inevitável para a maior parte do universo masculino a partir da meia-idade. Aos 90 anos, pesquisas indicam que a Hiperplasia Prostática Benigna acomete cerca de 90% dos homens, por exemplo", comenta o especialista.
Ligada ao aumento da produção do hormônio testosterona, a hiperplasia comprime a bexiga e obstrui parcial ou totalmente a uretra, com consequente prejuízo para o fluxo normal da urina. O médico recomenda que os homens fiquem atentos aos seguintes sintomas: desconforto na bexiga com a sensação de "peso"; jato urinário fraco; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga; ardência ao urinar; aumento do ato de urinar à noite; urgência miccional; e incontinência urinária.
"Tais sintomas prejudicam a qualidade do sono, exigindo que o paciente acorde inúmeras vezes durante a noite para urinar, e deixando-o cansado e impaciente para as atividades diurnas", destaca Fernando Leão.
O urologista indica que, ao constatar algum desses sintomas, o homem deve procurar um especialista imediatamente.
Além da cirurgia, o problema pode ser tratado, dependendo do caso, também por meio de medicamentos, que relaxam os músculos que circundam o colo da bexiga..