Segundo Jarbas Barbosa Barbosa, diretor-presidente da Anvisa, isso se deve a uma mudança no perfil demográfico e epidemiológico do brasileiro. "Com o envelhecimento da população, com a expectativa de vida aumentando, as doenças crônicas têm um peso maior, tanto em quantidade quanto em faturamento. Isso é uma tendência que vai persistir. Quarenta anos atrás, seguramente, os antibióticos deviam ser os mais vendidos", explica o diretor-presidente.
O grupo de medicamentos destinados ao tratamento de doenças do sistema nervoso central ficou em segundo lugar, em termos de quantidade comercializada. Foram 649,8 milhões (14,4%) de embalagens distribuídas. Quanto ao faturamento, este foi o maior da indústria farmacêutica em 2016, com R$ 9,2 bilhões, ou 14,6% do total.
A Anvisa também destaca a grande participação no mercado de medicamentos para doenças do aparelho digestivo e metabólico, com 603,4 milhões (13,3%) de embalagens vendidas pelos fabricantes, com faturamento de R$ 8,2 bilhões (13% do total do setor).
Genéricos
Os medicamentos genéricos foram os mais comercializados pela indústria farmacêutica no Brasil.
Em segundo lugar, em termos de quantidade, ficaram os remédios similares, com 1,42 bilhão de embalagens (31,5%). E, em terceiro, os medicamentos novos, com 925,71 milhões, ou 20,5% do total vendido.
Jarbas Barbosa explica que, tecnicamente, os remédios similares são iguais aos genéricos; são genéricos com nome comercial. Então, somando genéricos e similares, eles ocupam 63,9% do total de vendas. "É uma tendência semelhante ao que se observa em países desenvolvidos. Isso mostra a consolidação da indústria de genéricos no Brasil. Os genéricos trazem, principalmente, facilidade do acesso, já que o genérico tem que ser 35% mais barato que o medicamento de referência", comenta o diretor-presidente da Anvisa.
(com Agência Brasil).