Se for confirmada a redução, será o décimo corte seguido na taxa Selic. Em outubro, o Copom reduziu, por unanimidade, a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, de 8,25% para 7,5% ao ano. Com essa redução, a taxa se igualou ao nível de maio de 2013.
De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25%, ao ano, em julho de 2015, patamar mantido nos meses seguintes. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.
Redução
Outro fator que vai influenciar o movimento do mercado são as eleições no próximo ano, a depender de quem serão só candidatos e quais estarão à frente nas pesquisas. "Isso pode trazer preocupações", comenta Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.
Mesmo assim, Oliveira afirma acreditar que há alguma chance de o Copom voltar a reduzir a Selic no início de 2018 para 6,75%, porque ainda há 12,7 milhões de desempregados no país, o que reduz a pressão sobre o consumo.
Mas, na avaliação do especialista, essa taxa deve voltar a subir no meio do ano. "Vai subir pouco: 0,25 ponto percentual. Não vamos mais voltar ao que tinha no passado", prevê Miguel Oliveira.
Selic
Segundo o especialista, consumidores e empresas ainda não têm o que comemorar com as reduções da Selic.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, a tendência do Copom é baratear o crédito e incentivar a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.
com Agência Brasil).