No Brasil, os casos de afastamento do trabalho devido a problemas ocupacionais cresceram cerca de 25% entre 2005 e 2015, atingindo 181.608 pessoas, segundo informações publicadas no Anuário do Sistema Público de Emprego e Renda do Dieese, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Em 2016, 75,3 mil trabalhadores brasileiros foram afastados por causa de depressão. Esse grupo corresponde a 37,8% de todas as licenças do ano passado e que tiveram direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes.
Segundo Luiz Carlos Silveira Monteiro, presidente da ePharma, esses dados revelam que as empresas precisam repensar o modelo de gestão de saúde ocupacional. "Investir no bem-estar do colaborar e familiares precisa ir além dos gastos com plano de saúde. As corporações precisam mudar paradigmas e deixar a cultura centrada na doença para investir no estímulo à saúde", comenta o empresário.
O executivo afirma que o novo modelo de gestão de saúde populacional deve se basear em um mapeamento completo do público. Isso vai garantir o conhecimento do perfil de risco e demandas particulares. A partir desses dados, será possível traçar programas que atendam às necessidades dos trabalhadores.
Ele lembra ainda que os impactos promovidos por esses programas vão além do espaço das empresas. Os funcionários tendem a levar esse aprendizado para casa. "As pessoas estão preocupadas com o bem-estar e as empresas podem contribuir muito com a melhoria da qualidade de vida da população fazendo uma nova gestão de saúde ocupacional", comenta o empresário..